O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) confirmou o favoritismo e foi reeleito presidente do Senado em sessão realizada na tarde e noite desta quarta-feira (01).
Candidato do governo Lula, Pacheco obteve 49 votos.
Candidato do bolsonarismo, Rogério Marinho (PL-RN) anotou 32 votos.
O terceiro candidato, Eduardo Girão (Podemos-CE) desistiu e votou e Marinho.
Em publicações no Twitter, o deputado federal André Janones afirmou que Rodrigo Pacheco será reeleito presidente do Senado com folga.
No entanto, ele observa que Rogério Marinho, mesmo derrotado, saíra vitorioso na guerra de narrativas e como super-herói.
“Caso saiam derrotados nas urnas, herdarão a vitória na guerra de narrativas, onde Marinho é o super-herói, o homem íntegro e corajoso que, pra defender o cidadão de bem e os bons costumes e impedir o avanço comunista e o cerceamento à liberdade de expressão se lançou corajosamente à presidência do Senado, enfrentando o sistema e a ditadura de toga do STF. Marinho, o herói que disputou o Senado mesmo sabendo que não venceria, afinal, seu adversário oferecia 15 milhões por cada voto”, publicou Janones, destacando que “essa é a narrativa no esgoto Bolsonarista”.
Segundo o deputado federal, não tem nenhuma “guerra” de votos para a presidência do Senado e o clima não está tenso em Brasília.
“Rodrigo será reeleito, com folga”, garantiu.
Para Janones, a vitória de Marinho seria prejudicial ao projeto do Governo Lula.
“Se Marinho vence as eleições, passa a dar as cartas na agenda legislativa e, junto à ala mais fisiológica do centrão
e do próprio PL, atuarão para impedir que o Presidente Lula promova as transformações sociais prometidas durante a campanha eleitoral”, analisou.
O deputado federal foi peça chave da campanha de Lula na guerra de narrativas na disputa presidencial no ano passado.
Contando com o apoio declarado de apenas 3 partidos, o senador eleito Rogério Marinho (PL/RN) aposta em traições para ser presidente do Senado.
A principio, o político potiguar parte bem atrás do atual presidente do Senado e candidato à reeleição Rodrigo Pacheco (PSD/MG).
Os 3 partidos que declararam voto em Marinho somam 23 votos, enquanto que Pacheco, com o dobro de partidos, tem, a priori, 42 votos.
Alguns senadores de partidos que declararam apoio ao atual presidente já posicionaram votos para Marinho. Mesmo assim, a vantagem de Pacheco ainda parece confortável.
Só mesmo um alto índice de traição pode fazer Marinho, o candidato do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, presidente do Senado.
O Plenário do Senado tem reuniões marcadas para esta quarta (1º) e quinta-feira (2) para eleger a nova Mesa, composta por presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários com respectivos suplentes. A escolha ocorrerá após a posse dos 27 senadores eleitos em outubro, o equivalente a um terço do senado, de acordo com procedimentos definidos pelo Regimento Interno.
Já convocadas pelo atual presidente, senador Rodrigo Pacheco, a primeira reunião preparatória, para a posse dos parlamentares, será na quarta-feira (1º) às 15h. Em seguida será aberta a segunda reunião preparatória para a eleição do presidente do Senado.
Os dois principais candidatos são o atual presidente e candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN). Também disputa o cargo o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
Se houver a concordância de pelo menos um terço dos senadores (27), ainda na quarta-feira serão escolhidos os demais membros da Mesa: primeiro e segundo-vice-presidentes e primeiro, segundo, terceiro e quarto-secretários com seus suplentes. Sem o acordo, a eleição para a Mesa ficará para uma nova reunião preparatória prevista para quinta-feira (2), às 10h.
As sessões devem ser abertas com o quórum mínimo de 14 senadores, o equivalente a um sexto da composição do Senado. A votação, que é secreta, deve ter a presença da maioria absoluta dos parlamentares, ou seja, 41 senadores, mesmo número necessário para a escolha do presidente.
— Existe a orientação, em que pese que não seja expressa no regimento, que seja eleito presidente quem obtiver a maioria absoluta dos votos. Se houver um primeiro turno e nenhum dos candidatos alcançar maioria absoluta, os dois mais votados concorrem num segundo turno — explicou o secretário-geral da Mesa, Gustavo Saboia, em entrevista à TV Senado.
Os integrantes da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos e não podem ser reeleitos para um período imediatamente subsequente, a não ser em legislaturas diferentes. De acordo com o Regimento Interno, a composição da Mesa deve respeitar tanto quanto possível a representação proporcional dos partidos e blocos que atuam no Senado. O cálculo da proporcionalidade leva em conta o tamanho das bancadas na data da diplomação.